Tuba Auditiva


Fonte: Sobotta, vol 3. Ed 23ª



 A tuba auditiva é revestida por uma túnica mucosa que contém epitélio pseudoestratificado ciliado e células caliciformes. O batimento ciliar é realizado em direção à parte nasal da faringe. Onde se abre posteriormente ao meato nasal inferior. O terço póstero-lateral da tuba é ósseo e o restante é cartilagíneo.
 A tuba auditiva é revestida por mucosa continua posteriormente com a mucosa da cavidade timpânica e anteriormente com aquela da parte nasal da faringe.
 As artérias da tuba auditiva são derivadas da artéria faríngea ascendente, um ramo da artéria carótida externa, da artéria meníngea média e artéria do canal pterigoideo, ramos da artéria maxilar.
 Os nervos da tuba auditiva originam-se do plexo timpânico, formado por fibras do nervo glossofaríngeo. Anteriormente recebe fibras do gânglio pterigopalatino.
 A drenagem linfática da tuba auditiva se faz para os linfonodos cervicais profundos. Se mecanismos de defesa na tuba falharem, podem ocorrer desde inflamação ascendente com produção de secreção na tuba até otite média.
                                                         
Função da tuba auditiva
 A tuba auditiva tem função de igualar a pressão na orelha média com a pressão atmosférica, assim permitindo o livre movimento da membrana timpânica. Permitindo a entrada e saída de ar da cavidade timpânica, essa tuba equilibra a pressão nos dois lados da membrana.
 A tuba é aberta pela expansão da circunferência do ventre do músculo do véu palatino quando se contrai longitudinalmente, empurrando contra uma parede enquanto o tensor do véu palatino traciona a outra.

Obstrução da tuba auditiva


Fonte: https://hmsportugal.wordpress.com/.../medio-otite-media/
 A tuba auditiva forma uma via para que uma infecção passe da parte nasal da faringe para cavidade timpânica. A tuba é facilmente obstruída por edema da mucosa, até mesmo em virtude de infecções leves (por ex.: resfriado), porque as paredes de sua parte cartilaginosa já estão apostas. Quando a tuba auditiva é obstruída, o ar residual na cavidade timpânica geralmente é absorvido pelos vasos sanguíneos da mucosa, resultando em menor pressão na cavidade timpânica, retração da membrana timpânica e interferência com seu movimento livre. Por fim, a audição é afetada.

Cartilagem da tuba auditiva, lado direito,

Fonte: Sobotta, vol 3. Ed 23ª



 A tuba auditiva (ou trompa de Eustáquio), com cerca de cm de comprimento, segue obliquamente da região lateral, posterior e superior, para região medial, anterior e inferior, e une a cavidade timpânica com a parte nasal da faringe. Do ponto de vista funcional, promove o equilíbrio da pressão. Para condução adequada dos sons, a pressão do ar na cavidade timpânica precisa ser igual a do meato acústico interno. (A membrana timpânica é impermeável ao ar).
Exemplo: Caso isso não ocorra durante a decolagem ou aterrissagem de um avião, ocorre perda da audição.

Músculo levantador do véu palatino e cartilagem da tuba auditiva, vista inferior
Fonte: Sobotta, vol 3. Ed 23ª



 A tuba auditiva inicia-se na parede anterior da cavidade timpânica (parede carótida) no óstiotimpânico da tuba auditiva, e desemboca no óstio faríngeo da tuba auditiva, que se projeta lateral e posteriormente na parte nasal da faringe.
 Podemos distinguir uma parte óssea e uma parte cartilagínea, com aproximadamente o dobro do comprimento da parte óssea.
  A parte cartilagínea é composta por uma calha cartilagem elástica (cartilagem da tuba auditiva).
 A calha cartilagínea em posição invertida, é formada medialmente por tecido conectivo (lâmina membranácea), de modo a formar um canal em forma de fenda. A tuba se abre por meio de contração dos músculos tensor e levantador do véu palatino durante a deglutição.

 Tuba auditiva, lado direito

Fonte: Sobotta, vol 3. Ed 23ª


 A parte óssea através do canal do canal musculotubário, vista lateral. A parte óssea da tuba auditiva encontra-se em um formato triangular (semicanal da tuba auditiva do canal musculo tubário) da parte petrosa temporal.
Através de uma delgada parede óssea, o músculo tensor do tímpano segue separado da parede no interior do semicanal do músculo tensor do tímpano do canal musculotubário.

Fonte: Sobotta, vol 3. Ed 23ª


Figura - a e b Tuba auditiva, lado direito
a - Tuba fechada
b - Tuba aberta, a ação do músculo sobre a tuba  está indicada por seta
 Durante a deglutição, ocorre a contração dos Músculos tensor e levantador do véu palatino. A contração do Músculo tensor do véu palatino causa uma tração sobre a parte membranácea e sobre a margem superior da cartilagem da tuba auditiva, com a resultante dilatação da luz da tubária.
 A contração do Músculo tensor do véu palatino causa uma pressão vinda de baixo contra a cartilagem da tuba, devido à conformação do ventre muscular. Com isso, a calha cartilagínea é encurvada pra cima e a luz da tuba é dilatada. O Músculo salpingofaringeo (não consta no esquema) colabora para o fechamento da tuba auditiva.

Correlações Clínicas

  • Fendas Palatinas 
 Estão associadas a uma perda da função dos Músculos tensor e levantador do véu palatino, uma vez que o ponto fixo dos músculos está ausente, comprometendo a sua contração. Com isso, perde-se a função da tuba auditiva. Em indivíduos não tratados ocorre a formação de um processo de aderência na orelha média devida à ausência de ventilação neste local. A criança ouve muito mal e, na maioria das vezes, também não aprende a falar.



Referências Bibliográficas:
Sobotta, vol 3. Ed 23ª,
Anatomia para Clínica - Keith L. Moore Arthur F.Dalley.

Um comentário:

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